quarta-feira, 12 de junho de 2013

Dias cheios

Se a dependência me é conhecida
não deveria eu remediá-la, ciente de que ela só faz andar? 
Cadê aquele espírito livre, que tudo considerava amarras, e que a nada se amarrava?
Onde está a liberdade de poder ficar só com meus fantasmas, conversar e ter intimidade 
(sem amarrar demais)
a qualquer hora, do jeito que quisesse? 
A magia dos dias vazios, que eu pintava com tons pasteis, só pra dizer que pintei com alguma cor? 
O mergulho no eu, que quanto mais fundo ia, mais perto do nada chegava?
A sedução dos flertes até com as paredes, se elas dessem um sorriso, e que poderia preencher meu dia de vazio?
Me preocupo com o eu amarrado, sem fantasmas, com rotina...
me preocupo de estar gostando tanto dele

Nenhum comentário:

Postar um comentário