quinta-feira, 20 de junho de 2013

Cinto de segurança

O medo que dá é de não conseguir confiar em mais ninguém, em nenhuma palavra
dita em qualquer situação, principalmente as que almejam ser acreditadas. Essas
estão com os dias contados. Ninguém pode ser tão intenso, tão apaixonado,
tão revoltado, tão pacífico, tão tão. Não use as palavras pra te explicar, um
amigo já dizia "O importante não é o que você diz, mas sim os atos que por
esses dizeres são justificados". Não adianta, a língua paga pela nossa cabeça.
O medo que dá é de soltar o cinto de segurança, por mais que pareçamos bobos de
nos apegarmos tanto a ele. A questão do cinto é de auto-defesa, claro; o arremesso
é maior sem ele. Mas a aventura também. O frio na barriga, a diversão, a liberdade.
Me fizeram acreditar que eu deveria soltar o cinto. Quando estava quase apertando
o botão -a mão já estava perto, já tinha esticado mais o cinto pra poder alcançá-lo-
veio a freada. Como eu estava distraída, acabei me machucando um pouco, acontece.
Mas não considero que tenha soltado o cinto. Segurança em primeiro lugar. Por
enquanto.

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